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quarta-feira, 31 de março de 2010

O VENTO UIVA NA SERRA...



O vento uiva na serra...


O que dirá o vento?


Vem, vento, vem...

Diz-me os teus segredos,

para que possa transformar-me em vento também,

e correr pelos campos

e sobrevoar o mar,

varrer as searas e as nuvens,

e lá do alto, ver o mundo com olhos de espanto...

Vem, vento, vem...

Traz-me a tua força

para que possa carregar o mundo para a outra margem,

lá, onde a luminosidade não cega,

onde as flores crescem selvagens,

e eu posso caminhar descalça...

Vem, vento, vem...

Deixa-me sentir a tua face inconstante,

leva-me daqui,

transporta-me para onde quiseres, como uma poeira...

O que sou senão poeira...?

Vem,

canta-me as tuas melodias,

deixa-me voar também...

4 comentários:

  1. Ai!... se eu fosse vento!...
    Boa Páscoa
    Maria

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  2. Obrigada, Maria.
    Boa Páscoa para si também.

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  3. Salvé Josefina
    Através do blogue da Ordem de Cister, e de um comentário seu sobre as águas a dinamizar, vim entrar no seu portal luminoso e quero dar-lhe os parabéns por este belo poema, em que certamente é mais a sua modéstia a configurá-la como poeira.
    O seu perfil e a sua errância criativa nos mundos infinitos e florestas terrenas também me parecem de louvar...
    Força e inspirações divinas
    Pedro

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  4. Novamente obrigada, pela sua visita e por ter gostado do meu modesto poema. No universo imenso sou apenas poeira, sim. Um grãozinho...

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