O vento uiva na serra...
O que dirá o vento?
Vem, vento, vem...
Diz-me os teus segredos,
para que possa transformar-me em vento também,
e correr pelos campos
e sobrevoar o mar,
varrer as searas e as nuvens,
e lá do alto, ver o mundo com olhos de espanto...
Vem, vento, vem...
Traz-me a tua força
para que possa carregar o mundo para a outra margem,
lá, onde a luminosidade não cega,
onde as flores crescem selvagens,
e eu posso caminhar descalça...
Vem, vento, vem...
Deixa-me sentir a tua face inconstante,
leva-me daqui,
transporta-me para onde quiseres, como uma poeira...
O que sou senão poeira...?
Vem,
canta-me as tuas melodias,
deixa-me voar também...
Ai!... se eu fosse vento!...
ResponderEliminarBoa Páscoa
Maria
Obrigada, Maria.
ResponderEliminarBoa Páscoa para si também.
Salvé Josefina
ResponderEliminarAtravés do blogue da Ordem de Cister, e de um comentário seu sobre as águas a dinamizar, vim entrar no seu portal luminoso e quero dar-lhe os parabéns por este belo poema, em que certamente é mais a sua modéstia a configurá-la como poeira.
O seu perfil e a sua errância criativa nos mundos infinitos e florestas terrenas também me parecem de louvar...
Força e inspirações divinas
Pedro
Novamente obrigada, pela sua visita e por ter gostado do meu modesto poema. No universo imenso sou apenas poeira, sim. Um grãozinho...
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