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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MOMENTO...



Fascina-me o teu olhar,
o teu sorriso...

Fascina-me a brancura da tua pelagem
e essa entrega à neve do caminho...

Fascina-me o ser que és:
plácido e inabalável,

dissolvido neste mundo, que é o nosso,
teu e meu...

Embalado pelas sonâncias da noite,
submerso na luz da mesma Lua...

Tu e eu,
iguais nas emoções que partilhamos...

© Josefina Maller

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

METAMORFOSE...


Mergulho neste olhar profundo
e vagueio em abismos de luz,
de inteligência,
de sabedoria,
de sensibilidade,
e sigo a matilha
tal como um deles...
procurando na noite
o segredo da existência...

© Josefina Maller

quinta-feira, 25 de março de 2010

MELANCOLIA...



Depois de um jantar comemorativo de algo que não importa dizer, para o qual fui convidada, cheguei a casa bastante perturbada. Demasiado absorta. Alheada das coisas terrenas. Emudecida. Mais tarde, já recolhida, no silêncio do meu canto, partilhei com o meu Diário as emoções daquela noite.

...

20 de Maio de 1991


Subitamente os meus olhos encontraram outros olhos, que me olharam com uma estranha expressão, uma tão singular expressão que senti estar diante de algo transcendente e inexplicável.


Eram os teus olhos, meu amigo.


Durante todo aquele jantar, o teu olhar procurou o meu olhar, furtivamente. De vez em quando, dissimuladamente, esses teus olhos grandes e escuros, profundamente tristes, fixavam-me, e foi precisamente num desses momentos que senti estar a ser gravemente ferida. Era como se uma flecha rasgasse o meu peito, alojando-se, bem fundo, no coração. Senti então uma dor estranha, e uma inquietação e um rebuliço inexplicáveis...


À saída, novamente o teu olhar penetrante se cravou no meu olhar, e eu não consegui (embora tivesse tentado) desviar os meus olhos dos teus olhos, mesmo enquanto trocava palavras com outros convidados.


Algo de estranho se passou. Algo lancinante me feriu. E eu não mais fui a mesma, desde então.

in «ERA O MÊS DE MAIO...» (Ainda por publicar)