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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

MEU VERSO CATIVO

 
 

Todas as coisas têm o seu verso e o seu reverso

Eu também tenho o meu verso

Cativo num tempo longínquo

Rabiscado no tronco de uma árvore:

«As folhas de Outono não caem, flutuam…»

E tenho o meu reverso marcado pela sonolência

Dos dias da minha existência

Renascida a cada Primavera…

E entre o verso e o reverso oculta-se a tempestade

Que traz atormentada a minha alma…

E para que servirá o verso e o reverso das coisas

Senão para agitar as consciências?...

Josefina Maller

sexta-feira, 5 de setembro de 2014