Hoje, decidi fazer deste dia o dia do meu protesto.
E nem me interessa
saber se alguém, noutro lugar, decretou qualquer outra coisa.
Há dias mundiais para
tudo, com o objectivo de chamar a atenção do mundo, sem no entanto haver
quaisquer resultados práticos, uma vez que os homens são demasiado cegos,
surdos, egoístas, ambiciosos e ignorantes para se aperceberem de que estão a
enterrar-se vivos na cova que eles próprios vêm cavando para eles, lentamente,
há longos anos.
Sei que o dia do meu protesto
também não resultará, mas terá, pelo menos, uma única vantagem: deixar aqui bem
claro que eu, embora fazendo parte desta humanidade podre, nela vivo sob constante
protesto, não concordando em nada com o rumo que os homens estão a dar ao que
tiveram à sua disposição para viverem como HOMENS, neste Planeta
E no entanto, vivem
como criaturas rastejantes.
Que loucura!
Quando penso que de um
dia para o outro o nosso mundo pode ficar desfeito em cinzas se os LOUCOS
quiserem! Não me refiro ao mundo podre em que esses homens loucos o estão
mergulhando, mas daquele outro mundo natural, verde, cristalino, azul, colorido,
belo, grandioso, e único, aquele mundo que não faz parte de nenhum sonho de
fadas boas, mas de uma realidade que os loucos, ofuscados pelos bolores do
podre em que vivem, teimam em desprezar.
É bem verdade que os
homens predadores são muito mais prejudiciais aos HOMENS do que aqueles animais
não humanos, que eles exterminam, tendo-os como “nocivos”.
E não me venham falar
em fundamentalismos. É que há crianças e jovens, que esses loucos parecem
ignorar, que precisam de viver num mundo digno da condição humana.
Os homens predadores não
têm o direito de destruir um Planeta que pertence a uma infinidade de seres
superiores a eles.
Por isso, faço deste
dia, o dia do meu protesto contra a loucura dos homens que vivem como criaturas
rastejantes, nos subterrâneos mais obscuros e imundos do mundo.
Josefina Maller
(Ilustração: pintura de Salvador Dali)
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