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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OS DIAS QUE PERDI... NA MARGEM...



Passa o vento...

E com ele leva os meus dias

Perdidos entre as sombras da vida.

Fico na margem,

Entre o arvoredo despido,

Aguardando

Que o vento retorne, e me devolva os dias que

No seu sopro arrastou...

...

Regressa o vento...

Vejo-o passar, apressado.

E os meus dias?

Pergunto.

Não me responde, o vento.



Só então me apercebo de que

Os perdi para sempre, os dias...

Enquanto ali me deixei ficar,

Sentada na margem,

Entre o arvoredo despido,

Esperando que o vento

Me devolvesse os meus dias perdidos

E o alento

Que no seu sopro arrastou...



Texto e Foto © Josefina Maller

4 comentários:

  1. O vento (a vida...) nunca nos devolve nada!
    Quem pensa que um dia pode viver qualquer momento com a mesma intensidade que um dia desejou... engana-se a si próprio.
    O vento leva a vida e os sentimentos...
    Constrói e destrói...
    Maria

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  2. Obrigada, Maria, pela sua passagem por esta Galatea.

    Nada nos é devolvido, é verdade, por isso perdi os meus dias que esperei na margem... e sei que não posso recuperá-los...

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  3. Estou a gostar de ler sua poesia..

    A vida é uma caminhada... Viva caminhando!! Nada melhor do que, deixar o vento passar...
    Nada na vida se perde, quando se tem consciencia disso..
    Nunca é tarde Josefina!!
    O que passou, não volta, mas podemos sempre recomeçar....

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  4. Uma vez mais, obrigada.
    Sim, sei que nada volta, e vou seguindo a minha caminhada...

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