Passa o vento...
E com ele leva os meus dias
Perdidos entre as sombras da vida.
Fico na margem,
Entre o arvoredo despido,
Aguardando
Que o vento retorne, e me devolva os dias que
No seu sopro arrastou...
...
Regressa o vento...
Vejo-o passar, apressado.
E os meus dias?
Pergunto.
Não me responde, o vento.
Só então me apercebo de que
Os perdi para sempre, os dias...
Enquanto ali me deixei ficar,
Sentada na margem,
Entre o arvoredo despido,
Esperando que o vento
Me devolvesse os meus dias perdidos
E o alento
Que no seu sopro arrastou...
Texto e Foto © Josefina Maller
O vento (a vida...) nunca nos devolve nada!
ResponderEliminarQuem pensa que um dia pode viver qualquer momento com a mesma intensidade que um dia desejou... engana-se a si próprio.
O vento leva a vida e os sentimentos...
Constrói e destrói...
Maria
Obrigada, Maria, pela sua passagem por esta Galatea.
ResponderEliminarNada nos é devolvido, é verdade, por isso perdi os meus dias que esperei na margem... e sei que não posso recuperá-los...
Estou a gostar de ler sua poesia..
ResponderEliminarA vida é uma caminhada... Viva caminhando!! Nada melhor do que, deixar o vento passar...
Nada na vida se perde, quando se tem consciencia disso..
Nunca é tarde Josefina!!
O que passou, não volta, mas podemos sempre recomeçar....
Uma vez mais, obrigada.
ResponderEliminarSim, sei que nada volta, e vou seguindo a minha caminhada...