Todas as coisas têm o seu verso e o seu reverso
Eu também tenho o meu verso
Cativo num tempo longínquo
Rabiscado no tronco de uma árvore:
«As folhas de
Outono não caem, flutuam…»
E tenho o meu reverso marcado pela sonolência
Dos dias da minha existência
Renascida a cada Primavera…
E entre o verso e o reverso oculta-se a tempestade
Que traz atormentada a minha alma…
E para que servirá o verso e o reverso das coisas
Senão para agitar as consciências?...
Josefina Maller