quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
VERTIGEM...
É difícil viver, sonhar...
É difícil saciar a fome, matar a sede...
É difícil caminhar no escuro, mirar o horizonte...
É difícil carregar o peso do mundo, experimentar o vazio...
É difícil aceitar o inaceitável, compreender o
incompreensível...
É difícil despertar para o caos e sentir o amanhecer...
© Josefina Maller
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
OS AMANTES SEM DINHEIRO
Tinham o rosto aberto a quem passava.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a Lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.
Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a Lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.
Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.
Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto
que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.
Eugénio de Andrade
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
MOMENTO...
Fascina-me o teu olhar,
o teu sorriso...
Fascina-me a brancura da tua pelagem
e essa entrega à neve do caminho...
Fascina-me o ser que és:
plácido e inabalável,
dissolvido neste mundo, que é o nosso,
teu e meu...
Embalado pelas sonâncias da noite,
submerso na luz da mesma Lua...
Tu e eu,
iguais nas emoções que partilhamos...
© Josefina Maller
ENTRE A FOLHAGEM, O MISTÉRIO...
Ouço o murmúrio da folhagem
que me traz boas novasde secretos lugares que existem
algures no Universo...
Pressinto a voz que ventaneia
mundos harmoniosos,
onde todos os seres
sorvem o consolo das águas,
a melodia dos ventos,
e a força de uma lucidez eterna...
entre a folhagem...
Sigo os caminhos enigmáticos
traçados pela luz que
me traz o Sol...
E lá...
naquele infinito que
os meus olhos alcançam,
as aves cantam um cântico sereno
que me inebria de Paz...
© Josefina Maller
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