E o artesão disse: «Voai, Borboletas. Libertai-vos das minhas mãos!...»
quarta-feira, 27 de julho de 2011
segunda-feira, 18 de julho de 2011
NO VELHO JARDIM... A FLOR...
Os ventos encontraram-se
No lugar onde eu contemplava uma flor.
Um lugar antigo,
Cheio de pequenas histórias
Porém a flor permaneceu indiferente.
E eu cantei uma melodia,
Para aplacar a fúria desses ventos,
Que vieram assim como foram...
E a flor,
Continuou
A enfeitar o velho jardim...
No lugar onde eu contemplava uma flor.
Um lugar antigo,
Cheio de pequenas histórias
Velhas como as pedras...
Os ventos uivaram então.Porém a flor permaneceu indiferente.
E eu cantei uma melodia,
Para aplacar a fúria desses ventos,
Que vieram assim como foram...
E a flor,
Continuou
A enfeitar o velho jardim...
© Josefina Maller
sexta-feira, 15 de julho de 2011
DA INUTILIDADE DA GUERRA...
(...) as guerras são impostas ao mundo por vontade apenas dos poderosos. E nessas guerras, o soldado abre fogo contra um inimigo anónimo e sem rosto.
Por que haveria eu de combater e matar outros jovens, em nome de uma tal demência? Inimigos são os desgovernantes entre si, que se odeiam uns aos outros, pela disputa de territórios, de poderes e de riquezas. E é em nome desse ódio que exigem aos filhos da nação que lutem nos campos de guerra, e entreguem à morte as suas carnes jovens, a sua dignidade e a sua auréola de seres humanos.
Enquanto isso, eles, os mandantes, escondem-se, covardemente, nos seus bunkers. Na melhor das hipóteses, porque melhor é a morte do que viver estropiado, os filhos da nação morrem. Quanto aos instigadores dessas guerras, esses, saem vivos dos seus buracos, para cantarem vitórias ou chorarem derrotas. O que quase vai dar ao mesmo!
O que lhes importa é estarem vivos e ilesos. Depois, com o intuito de aplacarem a dor das mulheres a quem são devolvidos os filhos mortos ou estropiados, erguem memoriais hipócritas aos que tombam em nome dos ideais idiotas que estão por detrás de todas as guerras, e dirigem-lhes discursos patrióticos, vazios e inúteis.
Oskar Kapriolo in «A Hora do Lobo» © Josefina Maller
segunda-feira, 11 de julho de 2011
quarta-feira, 6 de julho de 2011
ALENTEJO...
Horas mortas... Curvada aos pés
do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
Do Poema «Árvores do Alentejo» de
Florbela Espanca
sábado, 2 de julho de 2011
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