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quinta-feira, 22 de maio de 2014

O ESCORPIÃO

 

Um mestre do Oriente viu quando um escorpião estava se afogando e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião o picou.

Pela reacção de dor, o mestre o soltou e o animal caiu de novo na água e estava se afogando de novo.

 O mestre tentou tirá-lo novamente e novamente o animal o picou.

Alguém que estava observar aproximou do mestre e disse:

— Desculpe-me, mas é teimoso! Não entende que todas às vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?

O mestre respondeu:

— A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar.

Então, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.

Não mude a tua natureza se alguém te faz algum mal. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com tua consciência do que com a sua reputação. Porque a tua consciência é o que tu és, e a tua reputação é o que os outros pensam de ti. E o que os outros pensam, não é o nosso problema... é problema deles.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A FLOR DO MARACUJÁ

 


(Recordando Catullo da Paixão Cearense, poeta, músico e compositor brasileiro, que muito aprecio)


Encontrando-me com um sertanejo,

 Perto de um pé de maracujá,

 Eu lhe perguntei:

 Diga-me caro sertanejo,

 Por que razão nasce branca e roxa,

 A flor do maracujá?

 

Ah, pois então eu lhi conto,

A estória que ouvi contá,

 A razão pro que nasci branca i roxa,

 A frô do maracujá.

 Maracujá já foi branco,

 Eu posso inté lhe ajurá,

 Mais branco qui caridadi,

 Mais brando do que o luá.

 

Quando a frô brotava nele,

 Lá pros cunfim do sertão,

 Maracujá parecia,

 Um ninho de argodão.

 Mais um dia, há muito tempo,

 Num meis que inté num mi alembro,

 Si foi maio, si foi junho,

 Si foi janeiro ou dezembro.

 

Nosso sinhô Jesus Cristo,

 Foi condenado a morrê,

 Numa cruis crucificado,

 Longe daqui como o quê,

 Pregaro cristo a martelo,

 E ao vê tamanha crueza,

 A natureza inteirinha,

 Pois-se a chorá di tristeza.

 

Chorava us campu,

 As foia, as ribeira,

 Sabiá tamém chorava,

 Nos gaio a laranjera,

 E havia junto da cruis,

 Um pé de maracujá,

 Carregadinho de frô,

 Aos pé de nosso sinhô.

 

I o sangui de Jesus Cristo,

 Sangui pisado de dô,

 Nus pé du maracujá,

 Tingia todas as frô,

 Eis aqui seu moço,

 A estória que eu vi contá,

 A razão proque nasce branca i roxa,

 A frô do maracujá

sexta-feira, 2 de maio de 2014

SAWABONA!

 
 
SAWABONA!
Existe uma tribo africana que tem um costume muito bonito.
Quando alguém faz algo prejudicial e errado, eles levam a pessoa para o centro da aldeia, e toda a tribo vem e a rodeia. Durante dois dias, eles vão dizer à pessoa todas as coisas boas que ela já fez.
A tribo acredita que cada ser humano vem ao mundo como um ser bom. Cada um de nós deseja segurança, amor, paz, felicidade. Mas às vezes, na busca dessas coisas, comete-se erros.
 A comunidade interpreta aqueles erros como um grito de socorro.
Eles unem-se então para erguê-lo, para o reconciliar com a sua verdadeira natureza, para lembrá-lo de quem ele realmente é, até que ele se lembre totalmente da verdade da qual ele se tinha afastado temporariamente: «Eu sou bom».
Sawabona Shikoba!
 SAWABONA é um cumprimento usado na África do Sul e quer dizer:
 "Eu te respeito, eu te valorizo. Tu és importante para mim"
Em resposta as pessoas dizem SHIKOBA, que significa: «Então, eu existo para ti»

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O SILÊNCIO DOS LOBOS

 

 Pense em alguém que seja poderoso…

Essa pessoa briga e grita como uma galinha, ou olha e silencia, como um lobo?

 Lobos não gritam.

Eles têm a aura de força e poder.

Observam em silêncio.

Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.

Exactamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.

Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.

Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe.

Sorria.

Silencie.

Vá em frente.

Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.

Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha de se esforçar para isso.

 Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.

Não é verdade!

Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.

Você nem mesmo é obrigado a atender o seu telefone pessoal.

 Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio.

Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar:

Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio”.

Responda com o silêncio, quando for necessário.

Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.

Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos.

Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.

 E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.

Texto de Aldo Novak

Fonte:
https://www.facebook.com/aldonovak/photos/a.470641204755.256117.351646354755/10152370730494756/?type=1&theater